quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

A Amizade é Perene

Sentado naquele café, na esquina do aeroporto de Bratislava, ele pensava. Bebericava o seu expresso de qualidade duvidosa, levantava a cabeça, via as pessoas lá fora a fumar, táxis a passar, uma qualquer música no ar. De onde somos, realmente? Será que quanto mais andamos, mais perto estamos da resposta, ou mais perto estamos da impossibilidade de responder com precisão, a esta questão?... Talvez quanto mais andemos, mais pequenas casas tenhamos por todo o lado, nas ruas que corremos, nos bares em que nos divertimos e, especialmente, e nem que seja apenas um bocadinho, no coração das pessoas que conhecemos. Será possível fazer uma viagem completamente isolado? Nunca lhe acontecera. Há sempre alguém, ele achava, disposto a conhecer-nos e a ser conhecido. Uma parte dessa certeza residia nos dias passados, em que travara amizade com portugueses, espanhóis, franceses, italianos, lituanos, ucranianos, entre outros. Imbuído num espírito que tanto já fora o seu, o espírito de Erasmus, permitiu-se reviver um pouco da experiência que considera tão fulcral na sua VIDA. E que, mais uma vez, passa por conhecer, e ser conhecido. O seu próximo passo seria Barcelona. Encontraria amigos que não via fazia 3 anos. Como seria? Não tinha dúvidas que, quebrados os primeiros minutos, seria como se nunca se tivessem separado.

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A amizade é perene.

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Bratislava, 23 Novembro 2007, 11h27

2 comentários:

saltapocinhas disse...

às vezes passo meses sem me encontrar com a minha amiga de infancia...
no entanto, quando nos encontramos é como se tivessemos estado juntas na véspera!

a amizade verdadeira é mesmo assim!

Sei que existes disse...

A verdadeira amizade nunca morre, nem adormece profundamente...
Beijocas grandes